TARTESSOS

Adolf Schulten era um apaixonado por Tartessos , com a ideia fixa do grande empório ocidental. sua preocupação básica foi sempre a localização da cidade capital dos tartessos, e só nos últimos tempos dos seus trinta anos que dedicou de sua vida à investigação de Tartessos, é que apresentou sua opinião que os artífices dessa cidade seriam os tartessos.

Em sua incansável busca foi sempre seu guia um texto antigo, um poema escrito em versos latinos por um poeta do século IV A.D., com o título « Ora Marítima » seu autor, Rufus Festus Avienus, notável erudito romano.

A crítica moderna descobriu que Avienus, para escrever o poema utilizou textos antigos, ainda que de segunda mão, através de refundições muito mais modernas, e que o núcleo principal de sua informação procede de uma obra grega antiquíssima, escrita em prosa de um autor desconhecido, com a suspeita de que se deva a Eutimenes, que escreveu um « Périplo » ou roteiro náutico das costas ocidentais.

Partindo da interpretação desse « Périplo » Schulten trabalhou incansavelmente em reconstruir a topografia da cidade de Tartessos e localizá-la. Situou-a numa ilha, entre dois braços do rio Guadalquivir ( rio Tartessos ? ) e tentou achá-la, mas sem demasiado êxito. Por sua influência tentaram outras localizações, todavia com resultados negativos também.

A investigação actual espanhola há colocado uma grave questão, que é a seguinte:

se centrarmos o problema em achar as ruínas de Tartessos, « como saberemos se achámos realmente suas ruínas, se desconhecemos o que é o tartéssico ? » uma vez que não há um conhecimento definido daquilo que seja de facto tartéssico ?

Agora nós recordamos que as estelas ditas “ Tartéssicas ” são « koniis » e a escrita alfabeta primitiva ibérica é konii de onde evoluiu as outras escritas ibéricas. A numismática relativa aos tartessos não existe, a escultura de maior relevo ibérico que é a chamada Dama de Elche , provavelmente uma ( Raínha de Kontestânia ) é de origem koniense , afinal questiona-se o que é “ Tartéssico “ ?

O mais provável é que a denominação “ Tartessos “ não era o nome original do povo nativo da Hispânia Meridional.

Os autores antigos como Strabão e Avienus nas suas obras mencionam nomes de povos, que não são os originais desses mesmos povos, a título de exemplo: não existiu nenhum povo com o nome de « Kunetis Cunetis » ou « Kynetis Cinetes », o nome original desse povo era « Konii » e

« Konti » ( Koniti`s ), conforme mencionado nas inscrições dos “ Herouns ” ( Estelas ) funerárias gravadas pelas mãos desse mesmo povo. A seguir vejamos a desvirtuação feita dos nomes Konii e Koniti »

Exemplo:

Original: Konii e Konti ( Koniti )
Grego: Kounéoi ( Konéoi ); Kunêsioi ( Kuneoi ); Kunetis ( Kynetis )
Latim: Kinetes ( Cinetes ); Kinetas ( Cinetas ); Kinetis ( Cinetis ); Cineticum ( Algarve )
Latim: Cuneo ( Cuneos ); Cuneu (Cuneus )

Assim em língua nativa ibérica a cidade real “ Tartesos “ era « Turta » por conseguinte o seu povo seriam chamados de « Turtesis fonética > Turtessis » ou « Tôrtesis fonética > Tôrtessis » no idioma fenício é « Tartesis fonia > Tartessis », sendo a vogal ( o ) de « Tôrtesis » sinónimo do ( a ) aiyn fenício. Por essa razão os fenícios denominaram o povo da Hispânia Meridional de: « O País de Tarschich » ( Tôrshis ), expressão linguistica idêntica à « Tharshish Bíblica ».

Nunca de « Tharshish » ( Thartessus ) podia ter dado origem ao nome « Turdetani » pois as duas raízes etimológicas são diferentes; a primeira denominação « Tharshis » é nome de um homem, e a segunda « Turtesis » é da raiz « Tur + Tur » ( Turtur ) = Tur ( Tôr ) ave , rola .

O mais provável fora a adaptação do nome nativo ibérico para o fenício, como outros nomes foram adaptados para o grego e latim, exemplo:

Turta > Turtesis ( Tôrtesis ) > Tartesis ( Tartesos ).

Agora a partir da raiz ( Turta ), já faz sentido as derivações « Turdetani , Turduli e Turda ».

Em épocas antigas o nome dos dois povos, o da Ibéria « Turtesis ou Tôrtesis » e o « Tarteshis Bíblico » confundiam-se, o que até admitiram alguns historiadores da antiguidade. Desse modo eruditos desde o século XVI tentaram em resolver o problema de “ Tartessos “ de diversos modos, incluindo graciosas soluções. Do mesmo século XVI e XVII partiram principalmente para a interpretação dos textos bíblicos. Todavia apesar das especulações, não conseguiram resolver o problema mais do que aqueles conseguidos pelos escritores da antiguidade.

Ora “ Tartessos “ se entroncava com o problema dos primeiros habitantes da Hispânia , e Flavio Josefo havia escrito de maneira hipotética a genealogia de « Thubal » e « Tarshis » netos do « Patriarca Noé », ligando-os ao povo nativo ibérico.

Entretanto no século XX nasce a ciência pré-histórica peninsular, e logo nas primeiras grandes sínteses se adverte a dificuldade de conjugar uma arquitectura dos finais do terceiro milénio antes de Cristo, a « Cultura Megalítica ». O problema de “ Tartessos “ com esse nome originado dos fenícios, em sua dimensão histórico arqueológica, se transforma no maior problema da ciência histórica ocidental, pois que “ Tartessos “ representava a mais antiga civilização do ocidente.

Então Don Manuel Gomez Moreno para conjugar ( ligar ) os “ tartessos “ ao povo pré-histórico ibérico, qualificou o « Megalítico Andaluz » de « Arquitectura Tartéssica », ignorando este sábio que os verdadeiros construtores foram os primitivos «Konii».

É bom começar a saber que o povo da « Cultura Megalítica » são os primitivos Konii ( Cónios ) povo pré-histórico , sendo os mais antigos nativos da Península Ibérica . Posteriormente seus descendentes são os « Konii » proto-históricos que continuaram a gravar nas suas « Estelas Funerárias » o mesmo nome « Arki » que seus ancestrais deram aos « Dolmens » ( Sepulturas ), e o nome « Konii » ( Fazedores de Konos ) referia-se aos « Menires » com a forma « kónica » era a representação « Fálica » do sexo masculino.

Assim os primeiros ibéricos da « Cultura Megalítica » foram na verdade os primitivos Konii que povoaram praticamente toda a Hispânia , e os « Turtesis ou Tôrtesis » de « Turta » que passaram à língua fenícia como “ Tartesis “ (Tartessos) são nada mais consanguíneos do mesmo Povo Konii .

É evidente que os nossos « Turtesis » do « Reino de Turta » denominados pelos fenícios de “ Tartessos ” uma vez consanguíneos de um mesmo povo , logicamente sua língua e escrita seria a mesma dos Konii do Sudoeste Ocidental Atlântico , onde começara a « Cultura Megalítica » a partir da área de Konitânia ( Algarve ).Também não deve haver dúvida que os primitivos nativos ibéricos nasceram na Hispânia sendo provável que eram descendentes do Patriarca Noé que teria vivido na Península Ibérica após o « Dilúvio », e teria gerado muitos filhos e filhas que povoaram a Ibéria , e daí eles partira para outras partes da Europa e do mundo, no período Neolítico . Por essa razão caracteres alfabetiformes ibéricos encontram-se dispersos desde a Hispânia até à Ásia , nesse referido período.

As leis observadas pelos ibérios dessa época era patriarcais antediluvianas, e tinham um só Deus « EL – EL » como está mencionado nas « Estelas Funerárias », sendo sua língua a persistência da « Língua Adâmica » e a língua Konii como sendo « Adâmica » era intermediária entre esta e o hebraico antiquíssimo . Por isso as Estelas do Sudoeste contém vocábulos escritos de forma original precedentes do próprio hebraico.

Assim o « Reino de Tharshish » bíblico é de crer que não seria situado na Hispânia e para aqueles que duvidem desta afirmação, questionamos o seguinte:

Porque não se encontram lápidas funerárias ou alguma inscrição epigráfica referente ao Povo Tartesso, que edificaram tão afamado reino na antiguidade ?

As lápidas funerárias encontradas que existem referem-se aos falecidos mortos do Povo konii.

Porque também não existem cidades com o nome ou raiz de Tartesso ?

Pois as cidades ibéricas edificadas pelos konii têm a raiz de seu próprio nome que é: « Konti » como em « Kontes ( Konites ) » que se encontra em « Kontesta , capital da Kontestânia »,

« Akontia capital dos Vaccuos ou Vacceus ? » e « Konterbia » como outras cidades ibéricas.

Na realidade esses povos eram os koni [ enses ] fixados em diversas áreas povoadas por eles, na nossa Ibéria ou seja na nossa Hispania pré–romana.

Autor do artigo: Carlos Castelo. Epigrafista. Concelho de Lagôa, Algarve (Portugal).