INVESTIGAÇÃO SOBRE A TEORIA DA EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

A vida é sem paralelo

O cientista Homer Jacobson relata o seguinte na revista American Scientist, de Janeiro de1955: do ponto de vista da probabilidade, a transformação dos elementos actuais numa só molécula de aminoácido seria extremamente impossível, mesmo que dispuséssemos de todo o tempo e espaço necessário para dar origem à vida terrena.

Somente a mais simples dessas proteínas a ( Salmina ) poderia ter-se originado desses elementos, mesmo que a terra estivesse coberta por uma camada de aminoácidos de 750 metros de espessura durante um bilhão de anos.

Por mais fantasiosos que fôssemos, não poderíamos supor que as condições actuais pudessem dar origem até mesmo a uma só molécula de aminoácido, e que ela, espontânea e casualmente, pudesse transformar-se num complexo organismo protoplasmático, dotado de um metabolismo e com capacidade de auto - reprodução. (Homer Jacobson, & Information, Reproduction and the Origin of Life, American Scientist, Janeiro de 1955, p. 125.)

O cientista Frank Allen, impressionado com as probabilidades contrárias à formação casual de proteínas, manifestou sua opinião, declarando o seguinte:

Podemos calcular perfeitamente a possibilidade destes cinco elementos... ( carbono, hidrogénio, nitrogénio, oxigénio e enxofre ) se reunirem e formar uma molécula, a quantidade de matéria que deve estar em constante vibração e o período de tempo necessário para se completar a tarefa. Charles Eugene Guye, matemático suíço, fez os cálculos e descobriu que as possibilidades contrárias a tal ocorrência são de 10./ 160 contra 1, ou somente de uma chance favorável em cada 10./ 160, isto é, 10 multiplicado por si mesmo 160 vezes, um número tão grande, que mal podemos expressá-lo em palavras. O volume de matéria que deveria combinar-se para produzir uma única molécula de proteína seria milhões de vezes maior que o que encontramos em todo o universo. Para que isso ocorresse na terra, somente seriam necessários muitos incontáveis bilhões ( 10./ 243 ) de anos. ( Frank Allen, “ The Origin of the World “ ).

Os animais de estrutura complexa aparecem subitamente

Em 1910, Charles Walcott, quando cavalgava pelas montanhas rochosas canadenses, fez uma importante descoberta de fósseis marinhos. O local forneceu a mais completa colecção fósseis do período cambriano que conhecemos.

Walcott encontrou animais de corpo mole preservados no lodo de fina textura. Muitas espécies de vermes, camarões e crustáceos deixaram a impressão de suas formas na argila, que posteriormente endureceu. Entre as impressões, foram encontradas até mesmo marcas das partes internas , como a dos intestinos e estômagos. As criaturas eram cobertas de pêlos, espinhos e apêndices, inclusive maravilhosos detalhes das estruturas tão características dos vermos e crustáceos.

Ao examinar as partes duras visíveis desses fósseis, é possível aprender muita coisa sobre esses animais. Seus olhos e antenas indicam que possuíam um perfeito sistema nervoso. Suas guelras demonstram que extraíam oxigénio da água, e para que ele circulasse por seu corpo, era preciso que fossem dotados de corrente sanguínea; alguns desses animais cresciam pelo processo de muda, (processo pelo qual insectos e moluscos perdem suas cascas e carapaças, substituindo-as por novas; o mesmo processo se verifica em outras espécies animais ). É um processo complicado que os biólogos ainda estão procurando entender. Eles possuíam partes bucais complexas, para poderem extrair tipos especiais de alimentos da água. Não havia nada de simples ou primitivo naquelas criaturas. Elas poderiam ser comparadas aos vermes e crustáceos que hoje conhecemos.

Não obstante, elas são encontradas nas rochas mais antigas que contenham um número bastante significativo de fósseis. Onde estão os ancestrais deles ?...
Este problema é conhecido pelo menos, desde a época de Charles Darwin.

Se a evolução progressiva dos organismos simples aos mais complexos for correcta, deveriam ser encontrados os ancestrais dessas criaturas vivas plenamente desenvolvidas do período cambriano; mas eles não foram encontrados, e não existe a menor perspectiva de vir a sê-lo. ( Coffin, Creation, pp. 5-6 ).

As espécies básicas de animais não mudaram

Os cientistas que estudam os fósseis, descobriram outra informação interessante. Os animais de estrutura complicada não apenas aparecem subitamente nas rochas inferiores do período cambriano, mas também as formas básicas de animais não sofreram grande alteração desde aquela época, esclarecendo melhor, este é o problema dos elos perdidos. Não é o caso de apenas um elo faltando, nem mesmo diversos deles.

Existe o problema de toda uma série de secções de elos faltando na corrente da vida.

G.G. Simpson, bastante cônscio desse problema, declarou: uma característica invariável dos fósseis que conhecemos demonstram que a maioria deles apareceu subitamente. Eles não são, de maneira geral, o resultado de uma sequência de precursores mutantes, como Darwin acreditava, no caso da evolução. ( The Evolution of Life, p.149 )

Vemos, assim, que não só o aparecimento de animais de estrutura completa e intricada é um problema para a Teoria da Evolução, mas que é igualmente sério o problema da ausência de mutação de uma espécie maior para outra. Repetimos que este não é um problema novo. Logo depois que os cientistas começaram a reunir achados fósseis, tornou-se óbvio que pertenciam às mesmas categorias maiores, assim como as plantas e animais da época moderna. E os cientistas comentaram, sobre a falta de mutação e a ausência de elos de ligação entre espécies específicas de animais...

Todo o estudante, já teve a oportunidade de ver gravuras, talvez até mesmo nos livros de biologia, retractando um ser cabeludo seminu, o homem de Neanderthal, de pescoço curto, ombros caídos, pernas arqueadas e aparência bestial. Tal gravura é fruto da descrição do homem de Neanderthal feita pelo francês Boule, em 1911-13. ( Marcellin Boule, Fossil Men. ) Esse retrato tem sido publicado sem alterações, de um livro para outro, ano após ano, durante quase noventa anos. Porém, Boule baseou sua descrição originalmente num esqueleto cujos ossos, segundo se verificou recentemente, haviam sido gravemente deformados pelo artritismo.

William Straus e A.J.E. Cave, os dois cientistas que descobriram o facto declararam: Assim sendo, não existe uma razão aceitável para crermos que a postura do homem Neanderthal, do quarto período glacial, diferia significamente da do homem moderno...

Não obstante, se pudéssemos revivê-lo num metrô de Nova Iorque, desde que tivesse tomado banho, feito a barba e vestisse roupas modernas, duvido muito de que chamasse mais atenção que qualquer um de seus concidadãos. ( William L. Straus, Jr., and A.J.E.

Cave, “ Pathology and the Posture of Neanderthal Man “ ( Quarterly Revew of Biology, Dezembro de 1997, pp. 358-59. )

Actualmente a mutação é limitada

Num programa de televisão que comemorava o centenário do livro “ A Origem das Espécies “ de Charles Darwin, Sir Julian Huxley iniciou seus comentários dizendo: que a teoria de Darwin, já não era uma teoria mas um facto.

Temos a dizer, que esta declaração é bastante confusa, pois diz apenas parte da verdade.

Em primeiro lugar, devemos definir o que significa a palavra evolução. Este vocábulo significa simplesmente “ transformação “ e baseando-nos nesse conceito, a evolução é uma realidade. Não obstante, a maioria das pessoas entende que evolução significa uma transformação progressiva através do tempo, de organismos mais simples para mais complexos, de formas primitivas para formas com características mais avançadas. Esta definição desse termo não é baseada em factos. O estudo da “ Hereditariedade “ já revelou princípios e factos que podem provar a evolução, se entendermos a palavra evolução no sentido “ mudança “. Mas as aparentes e pequenas transformações que ocorrem hoje em dia nos organismos vivos não nos fornecem base alguma para concluirmos que, no passado, houve uma ilimitada mutação.

Sim, hoje em dia estão-se formando novas espécies de plantas e animais. A quase infindável intergradação ( mutação contínua através de formas intermediárias de uma espécie para outra ), de animais e plantas que existem no mundo, a fantásticas degeneração entre os parasitas e as adaptações para ataque e defesa, levam –nos à conclusão inevitável de que tem havido transformação. Todavia, o problema das mutações maiores, de uma espécie fundamental para outra, continua a ser uma das maiores incógnitas com que se defrontam os cientistas evolucionistas.

Os animais e plantas modernas podem sofrer transformações, mas o número de mutações é limitado. Os laboratórios da ciência da América, não foram capazes de demonstrar que houve transformação de uma espécie maior para outra, nem tal mutação ocorreu na história passada da terra, se levarmos em conta as evidências que nos dão os registos fósseis.

Conclusão

O exame dos fósseis, registos petrificados do passado, nos ensinam que os complexos organismos vivos surgiram subitamente sobre a face da terra. Outrossim, o tempo não modificou o suficiente a ponto de alterar o relacionamento básico que têm uns com os outros. Os organismos modernos nos ensinam que a transformação é uma característica da vida e do tempo, mas também nos esclarecem que há limites que ela não pode ultrapassar de maneira natural, e que nós os cientistas estamos tentando entender.

Departmente of Archaeology B. Y. U.

Dr. Morris S. Peterson,

Professor de Geologia e Biologia na

Universidade Brigham Young, U.S.A.

Relatório cedido a Carlos Castelo por a Universidade Brigham Young (U.S.A.)